Os sintomas clássicos desta doença são designados como síndrome seco (sicca síndrome), correspondendo à secura da boca e dos olhos, devido à diminuição de produção de saliva e lágrimas.
O que mais se aplica ao papel do medico dentista é a xerostomia - a sensação subjectiva de boca seca, que pode também estar associada a outras doenças ou alterações sistémicas. Caracteriza-se pela manifestação clínica da disfunção das glândulas salivares.
Os sintomas são:
- sensação de boca seca;
- dificuldade para mastigar e engolir;
- intolerância a certos alimentos - doces, salgados, condimentados;
- diminuição ou alteração do paladar;
- dificuldade para falar;
- sensação de ardor;
- mau hálito;
- cáries dentárias;
- lábios secos, fissurados;
- aumento das glândulas parótidas submandibulares (em alguns casos).
Se a deficiência de saliva for acentuada, pode haver alterações graves na mucosa e o paciente passa a sentir um enorme desconforto. A mucosa que reveste a cavidade bucal ficará seca e atrofiada, podendo apresentar-se inflamada, pálida e translúcida. É comum a aderência de alimentos aos dentes e por vezes a língua cola ao palato provocando pequenos estalidos durante a fala.
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A língua apresenta inflamação, fissuras e perda parcial ou total das papilas. Assim, o portador de síndrome de Sjögren sofrerá de sensibilidade, ardor e dor na mucosa da língua. Na síndrome de Sjögren a xerostomia é crónica, o que significa que o paciente ficará mais predisposto a cáries dentárias agudas, complicações periodontais, perda subsequente de dentes e dificuldade em manter dentaduras e/ou prótese.
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Devido à xerostomia, a saliva torna-se mais viscosa podendo haver formação de saburra - placa esbranquiçada que se localiza no dorso da língua, causando o mau hálito. Não havendo hipótese de recuperação da capacidade perdida pelas glândulas salivares apenas pode ser oferecido aos portadores da doença alívio sintomático, pelo que se recomenda o uso de paliativos, ou seja: substitutos de saliva.
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